Como
uma grande fã da autora deste livro, Kiera Kass, assim que terminei a coleção
de livros “A seleção”, decidi ler “A sereia”, tendo 99,9% de certeza que eu ia
amar o livro tanto quanto eu amo a outra coleção, mas
acabou que não foi muito assim.
O livro conta a história de Kahlen,
uma jovem de 19 anos que viajou em 1983 com sua família em um navio que veio a
naufragar tornando ela, a única sobrevivente do acidente. Mas sua segunda
chance tem um preço: ela teria que se tornar uma sereia e, durante 100 anos
teria que atrair pessoas com sua voz humana para o fundo do mar, para a morte. Em
seu octogésimo ano
de pena, ela estava sentindo um remorso gigantesco por todas as vidas que ela
tirou, e se sentia ainda pior por saber que teria que continuar tirando vidas
por mais vinte anos. Por mais que não suportasse colaborar com aquilo, a água a
considerava seu braço direito, já que ela nunca a
desobedeceu.
Ela cumpria
sua tarefa muito bem até conhecer Akinli, um humano pelo qual ela se apaixonou,
mas não podia ficar com ele e nem mesmo falar com ele, já que sua doce voz o
levaria pro mar e o mataria, e a água não permitia que Kahlen se apaixonasse
por humanos.
Diferentemente
de “América” (a principal de “A seleção”), logo no começo do livro não suportei
muito menos me identifiquei com Kahlen, para mim ela era uma personagem fraca,
mimada e egoísta. Além disso, achei o começo do livro bem confuso por misturar
alguns flashbacks do naufrágio do navio com o tempo atual da história, trazendo
muita informação de uma vez só para introduzir a personagem, a trama do livro e
como ela se transformou em uma sereia em dez ou menos páginas.
Um ponto
alto do livro é que por mais que venha uma bomba de informação logo no início,
isso abre mais espaço para personagens coadjuvantes sejam melhores explorados e
desenvolvidos, e até deixar a principal cada vez mais humana e suportável por
estar apaixonada e por estar se relacionando com pessoas de verdade, não só as
seduzindo para o mar ou as observando de longe.
O livro,
por mais que cheio de detalhes que eu não gostei, é bom para uma leiturinha
paralela (e para se acostumar com tipos de protagonista diferentes, sempre
costumamos ler histórias apenas com protagonistas de que gostamos) e é interessante
que podemos ver meio que uma mistura da pequena sereia e o seu príncipe em um
só personagem.
Minha
frase favorita do livro foi dita pela Água, que é retratada como uma personagem
malvada, mas que mostra até que bastante compaixão em sua frase explicando o
porquê de não transformar mulheres casadas e com filhos em sereias, mostrando
que sempre há o bem no mal e o mal no bem:
“— As esposas sentiriam falta dos maridos. Cantar
uma canção que seduz principalmente os homens seria excruciante para uma esposa
fiel. E separar a mãe de um filho é o ápice da
crueldade.”
Vallentina
8ºano
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